quarta-feira, 22 de junho de 2011

COMUNICAÇÃO INTERNA.


Como é natural de se esperar, cada empresa se encontra num estágio muito específico de desenvolvimento e maturidade da comunicação interna. Essa questão, porém, é recorrente: em que estágio minha empresa está?



O primeiro passo para alguém fazer essa avaliação é olhar para traz. O que a empresa já construiu? O que hoje funciona melhor que no passado? O segundo passo é projetar o futuro: o que falta alcançar? O que é preciso melhorar?



Comparar a nossa empresa com outras empresas do mercado até ajuda, mas não é fundamental.



Questões culturais, orçamentárias e políticas podem interferir de forma decisiva na forma como entendemos e nos apropriamos da comunicação, o que torna a comparação de certa forma injusta. Não quer dizer que aquilo que é bom para meu vizinho seja bom para mim.






Apenas para inspirar esse movimento de entender passado, presente e futuro, segue uma escala de zero a dez, em que zero é a minha opinião sobre o estágio inicial da comunicação e dez seria o estágio mais avançado.



1) A comunicação não faz parte do Processo Estratégico do Negócio. As ações têm pouca consistência com a estratégia. As atividades são principalmente pontuais, sem conexão entre elas. O foco da comunicação é fundamentalmente o desenvolvimento de veículos de comunicação. Há pouco espaço para o planejamento.



2) A comunicação tem poucas metas estabelecidas, normalmente ligadas a parâmetros quantitativos. Os veículos não têm pauta ou periodicidade claras.



3) A comunicação já é sentida como importante pela organização, mas a área de comunicação não cria demanda. Ela é orientada pela demanda da empresa, que nem sempre é equilibrada em termos do que é mais importante para o negócio.



4) A comunicação considera as implicações de seu trabalho nos planos de negócio e os traduz em ações bem estabelecidas, com estratégias, indicadores de sucesso e metas claras, acordadas com as áreas de negócio. Há políticas e regras claras que regem o trabalho. O planejamento está sendo desenvolvido, porém ainda é fragmentado e sua ligação com a estratégia geral do negócio é fraca.



5) A prática da comunicação relaciona-se claramente aos requerimentos do negócio. O foco é onde e como a comunicação pode adicionar valor ao negócio. Os profissionais de comunicação trabalham no planejamento estratégico, o que inclui uma agenda clara para o ano, incluindo as atividades prioritárias, validadas pela área de negócio.



6) A comunicação faz contribuições de forma proativa sobre como pode suportar as estratégias de negócio, não só por meio de veículos, mas também por meio da gestão e acompanhamento da comunicação informal e da parceria com a liderança. Planos regulares de melhoria são realizados com base no feedback das áreas e do amadurecimento da própria equipe.



7) A área de comunicação é demandada regularmente pelas diferentes áreas funcionais da empresa e contribui com o processo de aprendizagem organizacional, pois comunicação já é vista como uma competência.



8) A área de comunicação tem uma leitura fina dos processos estratégicos e das prioridades empresariais.



9) O planejamento da comunicação é revisado regularmente e melhorias são continuamente implementadas. A Comunicação atrai mais talentos e é vista como um espaço de amplo aprendizado.




10) A estratégia de comunicação é realizada em termos de médio e longo prazos e o ciclo é retroalimentado continuamente. A estratégia de comunicação é vista como referência no setor e eventualmente até fora dele e contribui para um olhar ainda mais moderno sobre os limites da eficiência da comunicação interna.


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