quinta-feira, 21 de julho de 2011

O MARKETING DOS FESTIVAIS



A febre dos festivais de música contaminou o país. Nunca se falou tanto em música e shows no Brasil, como no início de 2011. Talvez seja o reflexo do momento econômico pelo qual passa o nosso país no cenário internacional, ou pela moda gerada pelo anúncio de Copa do Mundo e Olimpíada no país do Carnaval, que faz com que bandas e artistas consagrados queiram dar o ar de sua graça cada vez mais por aqui. A agenda de shows e festivais no segundo semestre está lotada e pedindo passagem.

O país se prepara para o retorno do Rock in Rio em Setembro, depois de um longo hiato, e em novembro teremos mais uma edição do ecologicamente correto SWU. Vários artistas estão confirmando agenda de shows em solo brazuca, e a imprensa não dá conta de tantos nomes saíndo pelo ladrão em colunas de jornais e portais de internet.

Todo esse cenário se transforma num momento perfeito para unir diversão e negócio. Produtoras disputam artistas a peso de ouro, diretores de marketing se esforçam para tornar grandiosos os seus eventos, prometendo atrações de peso. Esse tipo de relacionamento, unindo o poder das redes sociais transformam esse eventos em grandes negócios de mídia, o que gera receitas consideráveis ao custo da diversão alheia. Um grande negócio, que faz a alegria de muita gente.

Sabemos que os grandes festivais hoje em dia, perderam o romantismo do passado, pois há uma escassez de grandes bandas, grandes talentos, e grandes músicos, mas o marketing que gira em torno disso, faz essa cereja do bolo se tornar um mero detalhe. O jovem consumista e menos exigente do secúlo 21 está muito mais preocupado com diversão, do que o culto aos gênios da música. A imagem e o carisma hoje em dia, unido a grande estratégia de divulgação e markenting, transforma músicos medianos em grandes atrações, que são o alvo preferido de festivais como o Rock In Rio e o SWU.


A proposta desses festivais são atrair cada vez mais público, divulgando sua a marca e seu material, tornando o negócio cada vez mais rentável a cada ano que passa. O caráter cada vez mais "Pop" desse tipo de evento, ajuda a tornar tudo mais eclético, mais sociável e atrativo, digamos assim. É mais uma vez, os fins justificando os meios, e os rótulos do Rock And Roll não são mais a garantia de conteúdo clássico, mas para os donos da festa isso não mais importa.